30.1.06

Revoltada!

Um casal aproveitava a tarde para uma caminhada às margens da Lagoa da Pampulha, um dos pontos turísticos mais visitados de Belo Horizonte. De repente um barulho estranho chamou atenção. Ao longe, parecia gemido.

“Era um barulho de gato. Mas o barulho que faz uma criança ou um gato são idênticos. O barulho foi aumentando e foi me chamando a atenção”, contou o auxiliar de manutenção José da Cruz.

Curiosos, eles pediram ajuda ao vigia do Museu de Arte para descobrir de onde vinha o som. Encontraram um saco plástico amarrado a um pedaço de madeira que boiava na água. O cinegrafista amador Valmir Alves Lima, que fazia filmagens na região, registrou a busca e o resgate.

Com uma folha de coqueiro, José puxou o embrulho, que afundou. O barulho parou. Com cuidado, o homem trouxe o saco para a margem. Ele rasgou cuidadosamente o pacote, quando apareceu um bebê todo molhado. A menina estava bem vestida e muito assustada. Depois de ser resgatada, ficou quieta, silenciosa. Todos se desesperaram e correram com o bebê no colo.

As pessoas que pararam para ver tentaram ajudar. Alguém apareceu com uma toalha para secar a menininha. Carinho e solidariedade de pessoas anônimas, que se emocionaram, No carro do resgate, veio o aconchego no colo do bombeiro até o hospital.

Neste domingo, por meio de uma denúncia, a polícia conseguiu localizar a mãe da criança: a vendedora Simone Cassiana da Silva, de 29 anos. Ela foi presa na casa do namorado. Só a partir daí foi possível saber a história da criança que comoveu o país.

O bebê nasceu prematuro, no quinto mês de gestação, e passou dois meses internado na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal de uma maternidade. Segundo a polícia, a mãe já estava decidida a se desfazer da criança. No dia da alta, a mãe foi buscar a filha sozinha e executou o plano no caminho de volta para casa.

Presa em flagrante por tentativa de homicídio, Simone disse aos policiais que nem chegou a registrar a filha, mas havia escolhido o nome Iara caso desistisse do plano. Coincidência ou não, Iara é a “Rainha das Águas” no folclore brasileiro.

Simone confessou que não queria ficar com a filha, mas disse que não jogou a menina dentro da lagoa. “Eu não podia ficar com ela. Eu não tinha a menor condição psicológica para ficar com ela. Eu saí com ela do hospital... Tinha um pessoal na beira da lagoa, acho que morador de rua. Eu pedi para eles deixarem a menina em algum lugar, porque eu não queria ver”, contou Simone.

“No nosso entendimento, e pelo acesso que nós tivemos aos registros, ela deu todos os endereços falsos. Nós conferimos os endereços, e em nenhum deles ela mora. Em alguns endereços, as pessoas nem a conhecem. Então, nós ainda estamos no prosseguimento das investigações, mas já há um indicativo de que ela teria premeditado essa situação”, afirmou o delegado Élcio Bernardes.

Os médicos ficaram surpresos com a recuperação do bebê. Ela chegou sem sinais de afogamento, se alimenta normalmente e já recebeu muitos presentes. As visitas ao berçário tiveram que ser restringidas por causa do movimento de pessoas que se comoveram com a história do bebê.

“A gente teve que restringir um pouco, porque a gente estava com uma visita excessiva, e para preservá-la, não irritá-la, precisamos restringir as visitas e deixá-la um pouco mais tranqüila”, explicou a superintendente do hospital, Suzana Rates.

Segundo o hospital, vários candidatos à adoção ligaram de todo país. Os moradores de Belo Horizonte fazem fila para ver a menininha que escapou da morte. “Ela é muito bonitinha. Como uma mãe tem coragem de fazer isso”, comentou a estudante Poliana da Silva. “É um anjo. Deus a salvou”, acrescenta a empregada doméstica Viviane Gonçalves.

O cinegrafista amador Valmir concorda. Ao voltar ao local e ver as imagens do salvamento, ele não contém as lágrimas. “A gente não sabe o que se passa, o que acontece para as pessoas fazerem este tipo de coisa. É triste”, comenta. Ele, que já registrou tantas história nos últimos 20 anos, diz que esta foi a que teve o final mais emocionante. “Nunca vou esquecer isto. Não tem como esquecer”, diz Valmir. “Deus deve ter preparado boas coisas para ela. É por isso que ela deve ter se salvado”, finaliza Poliana.



[Ah... Se eu pego essa mãe hoje... Mãe? Humpf... Essa chocadeira...]
Sugestão de pena: Bota no presídio... No meio do banho no sol... Mostra a reportagem no telão e deixa que "Deus" se encarrega do resto...]


Linda semana pra voces!!!!!


[Eu nunca tiraria o saco da água se achasse que eram miados de gato... perdão...]

4 comentários:

Ana Paula disse...

Cabos de aço atras e pimenta com gelo seco na frente...

[aha aha aha]

Arruma as malas, amiga. Bóra atras dessa muié!!!

Ana Paula disse...

puta que pariu, cabos de aço foi foda...

fios elétricos, Rebecca...

puta merda, a Rebecca é sem noção!!!!

Anônimo disse...

e gelo seco na perseguida...
[fazendo fumaca]

Ana Paula disse...

a fumacinha é a melhor parte...

/aha aha aha/